Do site Portal da Oftalmologia
Os raios Ultravioletas (UV) são nocivos aos olhos e podem causar danos a curto e longo prazo. “Pesquisas médicas recentes vêm acumulando, cada vez mais, evidências científicas que comprovam o efeito negativo dos raios ultravioleta (UV) sobre os olhos”, afirma Mario Luiz de Camargo, oftalmologista da Faculdade de Saúde Pública (FSP/USP).
Os raios UV estão presentes em maior quantidade na luz solar, porém também são emitidos pelas lâmpadas de mercúrio, lâmpadas fluorescentes, lâmpadas dicróicas (luz negra), lasers, telas de vídeos e solda elétrica.
Camargo explica que existem três tipos de raios UV:
• UVA – filtrados e absorvidos pela retina;
• UVB – filtrados e absorvidos pelo cristalino;
• UVC – filtrados e absorvidos pela atmosfera, principalmente pela camada de ozônio.
“Entretanto, nos últimos anos vem ocorrendo uma diminuição da camada de ozônio. Isso vem causando preocupação em todo o mundo em relação a um aumento na incidência de doenças cutâneas e oculares”.
Como primeira medida preventiva, “o ideal seria que todo mundo ficasse atento a este problema do excesso de radiação solar. Para minimizar os efeitos deletérios devemos evitar o horário das 10 às l6 horas, em que a exposição ao sol é mais nociva, pois existe uma maior intensidade de raios UV”, explica o doutor. “É recomendável usar chapéu, boné ou viseira, quando estivermos ao ar livre”.
O uso de óculos apropriados com lentes que filtrem e absorvam os raios UV, tanto nos óculos escuros, quanto nos óculos transparentes de grau, é a melhor forma de proteger os olhos. “É preciso estar atento às especificações do fabricante das lentes quanto ao filtro UV e não tanto quanto à coloração da lente, pois só o escurecimento não tem necessariamente relação com os níveis de proteção contra a radiação ultravioleta”.
Camargo explica que o uso de óculos que não tem filtro prejudica mais os olhos do que ficar sem ele, “pois ele dilata a pupila, deixando a retina mais exposta a ação dos raios UV”.
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