Fundoscopia ou oftalmoscopia. Os nomes podem parecer estranhos porque o procedimento é mais conhecido como exame de fundo de olho. Poucas pessoas também sabem que a técnica serve para diagnosticar doenças que vão além da visão. Para os pacientes que procuram os médicos especializados apenas para exames oftalmológicos rotineiros, um alerta: o exame de fundo de olho pode além de revelar doenças relacionadas à visão, como glaucoma, servir para ajudar no diagnóstico de doenças graves como AIDS, diabetes, câncer, leucemia, inflamações reumáticas, tuberculose, toxoplasmose, problemas vasculares e desequilíbrios na tireóide.
O oftalmologista Luís Fernando Paiva, do Instituto de Olhos Clóvis Paiva, avisa que no exame é visualizada toda a área localizada entre o cristalino – estrutura semelhante a uma lente que fica atrás da íris – e a retina – camada de células responsáveis por captar as imagens. “Analisando os vasos sanguíneos, por exemplo, podemos detectar problemas de pressão e colesterol a partir da largura e coloração das veias, respectivamente”, revela o médico.
O oftalmologista ainda dá algumas dicas “Alteração na cor da íris pode indicar a existência de algum tumor, olhos muito saltados da órbita podem estar relacionados a desequilíbrios na tireóide e pupila dilatada pode ser sinal de hipertensão arterial”, explica. A Organização Mundial da Saúde – OMS – aconselha que todos os recém-nascidos façam o exame, uma vez que meio milhão de crianças ficam cegas por ano. Os especialistas recomendam a visita de rotina ao oftalmologista, pelo menos, uma vez por ano.
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